Elton Weber

Frente da Agropecuária Gaúcha reforça urgência na retomada do percentual de adição do biodiesel ao diesel e exige garantia do Selo Combustível Social

Em reunião virtual da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha com representantes das federações dos trabalhadores na agricultura do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, nesta quarta-feira, os participantes reforçaram a urgência da retomada do percentual de adição do biodiesel ao diesel. Em 2021, o governo federal reduziu o percentual de 13% para 10%, afetando os agricultores familiares e o setor produtivo. A mistura deveria ser de 15% em 2023. Também participaram representantes da Fecoagro, da Câmara Setorial da Oleaginosas e Biodiesel e o presidente da BSBios, Erasmo Battistella.

Além deste encaminhamento, a teleconferência evidenciou a preocupação com a continuidade do Selo Combustível Social, mesmo com o recente recuo do Conselho Nacional de Política Energética. Por isso, outra exigência é a garantia de manutenção do programa no qual a agricultura familiar fornece matérias-primas oleaginosas por meio de contratos prévios e prestação de assistência técnica e extensão rural. Em 2020, o programa beneficiou cerca de 75 mil famílias de agricultores familiares no país, mais de 65% delas são gaúchas.

O risco de importação é outro ponto preocupante, pois reduziria ainda mais o consumo de biodiesel nacional, afetando novamente o agricultor. Os pleitos constarão no documento a ser entregue por representantes da Câmara Setorial da Oleaginosas e Biodiesel, da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha e das entidades aos ministérios da Agricultura, de Minas e Energia e da Economia, em Brasília. “Precisamos garantia oficial sobre a manutenção do programa e sobre o cronograma de adição da mistura, são diversas as incertezas de todos: agricultores, cooperativas e indústrias”

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