Deputado cobra regularização de transporte escolar em 24 municípios do Estado

O deputado estadual Elton Weber (PSB) esteve nesta quarta-feira (20) na Secretaria da Educação do Estado (Seduc/RS), em Porto Alegre, com a diretora Adjunta do Departamento de Apoio aos Municípios, Vera Santana; e a coordenadora de Demanda Escolar Salete Albuquerque, cobrando a regularização do transporte escolar em 24 municípios do Rio Grande do Sul, a maioria na Região Central. A paralisação afeta alunos da rede estadual, especialmente na área rural. A demanda foi apresentada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Maria, extensão Dilermando de Aguiar, Itaara e São Martinho da Serra, Delcimar Borin. O transporte escolar está suspenso nestes municípios porque as prefeituras não conveniaram com o governo estadual até o prazo estabelecido, em final de janeiro deste ano. O deputado fará uma teleconferência com representantes de sindicatos de trabalhadores rurais de municípios afetados para conversar sobre a situação. “Me causa indignação que as crianças não estão aonde deveriam estar, nas salas de aula. Os órgãos públicos precisam cumprir a sua parte, garantir o deslocamento dos estudantes. Há relatos de alunos que não estão conseguindo frequentar as aulas desde a retomada presencial das escolas há 60 dias. “É estranho que esses 24 municípios não tenham feito sua adesão para receber o repasse de recurso do Estado enquanto em outras 465 cidades esteja tudo normalizado”, finaliza o deputado. Segundo informações da Seduc/RS, na semana que vem algumas cidades, como Santa Maria e Jaguari, devem ter a situação normalizada. “É um total desrespeito com os agricultores. Numa época em que eles estão voltados a colher o pouco que se produziu devido à forte estiagem é impossível que os pais tenham condições de levar os filhos até a escola. É um prejuízo irreparável, após dois anos de pandemia agora estão sendo prejudicados pela burocracia do Estado em analisar as licitações para rodar os contratos”, reclama Borin.
Frente da Agropecuária Gaúcha reforça urgência na retomada do percentual de adição do biodiesel ao diesel e exige garantia do Selo Combustível Social

Em reunião virtual da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha com representantes das federações dos trabalhadores na agricultura do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, nesta quarta-feira, os participantes reforçaram a urgência da retomada do percentual de adição do biodiesel ao diesel. Em 2021, o governo federal reduziu o percentual de 13% para 10%, afetando os agricultores familiares e o setor produtivo. A mistura deveria ser de 15% em 2023. Também participaram representantes da Fecoagro, da Câmara Setorial da Oleaginosas e Biodiesel e o presidente da BSBios, Erasmo Battistella. Além deste encaminhamento, a teleconferência evidenciou a preocupação com a continuidade do Selo Combustível Social, mesmo com o recente recuo do Conselho Nacional de Política Energética. Por isso, outra exigência é a garantia de manutenção do programa no qual a agricultura familiar fornece matérias-primas oleaginosas por meio de contratos prévios e prestação de assistência técnica e extensão rural. Em 2020, o programa beneficiou cerca de 75 mil famílias de agricultores familiares no país, mais de 65% delas são gaúchas. O risco de importação é outro ponto preocupante, pois reduziria ainda mais o consumo de biodiesel nacional, afetando novamente o agricultor. Os pleitos constarão no documento a ser entregue por representantes da Câmara Setorial da Oleaginosas e Biodiesel, da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha e das entidades aos ministérios da Agricultura, de Minas e Energia e da Economia, em Brasília. “Precisamos garantia oficial sobre a manutenção do programa e sobre o cronograma de adição da mistura, são diversas as incertezas de todos: agricultores, cooperativas e indústrias”