Agricultores familiares do Litoral buscam ações emergenciais contra mosquito Maruim

Em reunião intermediada pelo deputado estadual Elton Weber, representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), da Regional Litoral e de sindicatos de trabalhadores rurais da região solicitaram à Secretaria Estadual da Saúde que Estado realize ações emergenciais para controle da infestação do mosquito Maruim e forneça planos de prevenção. O problema começou há três anos e se agravou com a presença diurna do inseto. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (16), em Porto Alegre. O grupo foi recebido pela Diretora Adjunta da Secretaria da Saúde, Cláudia Regina Daniel; pela Coordenadora do Programa de Imunizações da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, Tânia Ranieri; pelo Diretor Adjunto do Cento Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Marcelo Valandro; e pela chefe de Divisão de Vigilância Ambiental do CEVS, Aline Campos. De acordo com a Secretária Geral da Fetag-RS, Jaciara Muller, ficou encaminhado que haverá uma reunião expandida, com presença de integrantes das Secretarias Estaduais da Agricultura, do Meio Ambiente e do Turismo para buscar alternativas. “É um problema que temos no Rio Grande do Sul, mas também existe em outros estados. Em Minas Gerais é no Cacau, aqui os mosquitos escolheram ficar na plantação de banana, que é orgânica, então a gente também não vê solução química, isso destruiria os bananais. A situação também afeta a questão turística, a partir do momento que tem mosquito, ninguém quer visitar os espaços”, alerta Jaciara. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Torres, Diana Hahn Justo, o problema é sério em Mampituba, Morrinhos do Sul, Três Cachoeiras, Dom Pedro de Alcantâra, Torres e Três Forquilhas, havendo ocorrência também em Itati e Terra de Areia. “Virou uma questão de saúde pública, não temos sossego. Quem é alérgico tem que viver com medicação, quem tem criança precisa manter a casa fechada e os agricultores têm que se proteger com roupas de manga comprida e calça, Inverno e Verão. Tem que haver uma alternativa”. O maruim é apontado como o principal transmissor da febre Oropouche, que pode causar febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor muscular e nas articulações, com incidência em outros estados, como São Paulo. No Rio Grande do Sul, não há casos confirmados da doença após testagens na população de mosquitos. Fetag Secretária Geral Jaciara Muller Assessora Vivian Ribeiro Muzykant Regional Litoral Coordenador Paulo César Esperança Fialho Sindicatos de Trabalhadores Rurais Amauri Rodrigues Fernandes e Christian Schuttz (Três Cachoeiras) Cidimar Rodrigues Carlos (Mampituba)
Weber protocola emendas ao projeto do Executivo que prevê recuperação de solos

O deputado Elton Weber protocolou, nesta quinta-feira (17), três emendas ao Projeto de Lei 109/2025 do Poder Executivo que cria o Programa de Recuperação Socioprodutiva Ambiental e de Resiliência Climática da Agricultura Familiar Gaúcha com recursos do Fundo de Reconstrução do Rio Grande. As emendas foram construídas em parceria com a Fetag. Idealizado para se tornar referência na recuperação de solo em todo o Estado, inicialmente o programa planeja atender a 15 mil famílias após a destruição provocada pelas enchentes. De acordo com o deputado, o programa é importantíssimo, mas necessita de ajustes. “As mudanças que estamos propondo objetivam tornar o programa mais eficaz na ponta, além de permitir maior transparência e participação das entidades no seu desenvolvimento”, explica o deputado. O Projeto de Lei tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa, o que significa que a partir de 6 de maio tranca a pauta de votações em Plenário, impedindo a votação de qualquer outra matéria até que haja a deliberação. Nesta semana, Weber participou da apresentação da proposição feita pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, e solicitou que o valor global a ser aplicado – estimado em R$ 903 milhões – conste no texto, bem como a destinação de recurso para cada ação prevista. Emendas: 1) Estabelece que a listagem dos agricultores beneficiados pelo programa seja referendada pelo Conselho Agropecuário Municipal; 2) Define que ao invés do Estado comprar e ceder tratores aos municípios beneficiados, o Estado repasse os recursos por meio de convênio para o município, que ficará responsável por definir que maquinário ou implemento comprar para qualificar as patrulhas agrícolas. 3) Inclui Fetag, Farsul, Ocergs e Famurs no Comitê Gestor.