O deputado estadual Elton Weber (PSB) confirmou sua participação em uma série de atos públicos em defesa dos produtores de leite gaúchos, que enfrentam uma das piores crises das últimas décadas em razão da queda contínua dos preços. As mobilizações, que ocorrerão neste mês em diferentes regiões do Estado, buscam chamar a atenção de autoridades e da sociedade para o tamanho da crise e para a importância da atividade na geração de renda e no sustento das famílias do campo.
Weber destacou que o cenário atual tem levado muitos agricultores familiares ao desespero e, em muitos casos, ao abandono da produção. “O valor ao produtor vem caindo mês após mês, e isso tem levado muitos agricultores ao limite. Sabemos o esforço que é levantar cedo, enfrentar chuva, frio e calor, cuidar do rebanho e ainda ver o resultado de tanto trabalho não cobrir nem os custos da produção. Isso não é justo”, afirmou o parlamentar.
As manifestações ocorrerão nos municípios de Teutônia (dia 11), Casca (dia 12), Palmitinho (dia 18) e Santo Cristo (dia 19), reunindo lideranças e produtores ligados à Fetag-RS. Segundo Weber, os atos são um grito de alerta e um chamado à União. “Queremos sensibilizar governos e sociedade sobre o papel do leite para a economia gaúcha e a importância de políticas que garantam condições justas de comercialização”, ressaltou.
Além da presença nas mobilizações, o deputado também deve ir a Brasília reforçar a pauta do leite. A partir do dia 20 de novembro, estão previstas agendas com órgãos e ministérios do governo federal como o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, buscando encaminhar soluções concretas para o setor. Entre as principais reivindicações está a restrição a reidratação de leite e o estabelecimento de cotas de importação de lácteos, medida considerada essencial para garantir competitividade frente aos produtos estrangeiros.
A pauta em Brasília, inclui o contingenciamento de R$ 354 milhões do governo federal destinada ao seguro rural. Segundo informações, a União não pagará a sua parte do prêmio, que é de 40%, já a partir do final deste mês, prejudicando especialmente fruticultores. “Isso é mudar as regras durante o jogo, é descaso, é um absurdo, queremos explicações e soluções”, criticou.
