O deputado Elton Weber (PSB) esteve reunido, nesta terça-feira (17), com o Secretário-Chefe da Casa Civil do Estado, Artur Lemos Jr, quando defendeu que o governo modifique o crédito presumido em vigor nas operações de venda de alho.
Por determinação do Confaz, que unificou a alíquota de ICMS no país para acabar com a guerra fiscal, desde janeiro a Secretária Estadual da Fazenda (Sefaz) elevou de 10% para 50% o percentual do imposto a ser pago pelos agricultores.
Na reunião, o deputado reforçou que em Goiás os produtores conseguiram reverter essa decisão baseados em laudos técnicos que enquadram o alho não como produção in natura mas beneficiado, já que após colhido ele passa pelas etapas de cura por 40 dias em galpão, além de retirada de pendão e raiz. A análise técnica garantiu o retorno do tratamento tributário diferenciado naquele estado, abrindo o caminho para a reivindicação gaúcha. “A regra tributária diz que se um estado estiver praticando uma regra embasado em nota técnica, os outros estados podem adotar o mesmo procedimento”, reforça Weber.
Vice-presidente da Associação Nacional dos Produtores de Alho (ANAPA) e presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (AGAPA), Olir Schiavenin manifestou preocupação com a demora do governo estadual em realizar a modificação já que documentos técnicos da Embrapa e Epagri encontra-se há meses com os técnicos da Sefaz. “Não conseguimos entender porque o governo não está fazendo essa interpretação. São 1,2 mil famílias de produtores de alho sendo prejudicadas no Estado”.