Reunião da Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e participação Legislativa Popular presidida pelo deputado Elton Weber, discutiu os recorrentes problemas de interrupção no fornecimento de energia elétrica no meio rural, por parte da empresa RGE/CPFL.
Relatos da FETAG e dirigentes sindicais de diversas regiões do Estado, demonstram o drama vivido por agricultores nos municípios do interior do Estado, a exemplo do relato trazido pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Encantado Gilberto Zanata, que relatou falta de energia elétrica por 11 dias em comunidades do município. Milhares de frangos morreram em aviários e milhares de litros de leite tiveram que ser descartados pois estragaram por falta de energia elétrica, além de alimentos que estavam armazenados para consumo das famílias.
Segundo a empresa RGE/CPFL, noventa locais em diversas regiões do Estado foram atingidos por vendavais nas últimas semanas, o que agravou a situação. No que diz respeito as redes de distribuição, 63% dos problemas verificados estão localizados em área de mata ou vegetação, que por regra ambiental permite apenas a poda em um raio de 15 metros, quando o ideal seria de 25 a 30 metros de largura. A empresa ainda afirma que 226 técnicos serão contratados para reforçar as equipes de manutenção das redes, bem como 86 veículos que serão adquiridos para ampliar as equipes de atendimento.
Os agricultores que tiveram prejuízos financeiros devido a interrupção ou falta de energia, devem solicitar o ressarcimento administrativamente junto à empresa concessionária, e caso não obtenham sucesso, procurar o Ministério Público e o poder Judiciário.
Segundo Weber, a Comissão juntamente com a FETAG e as entidades, vai acompanhar os investimentos anunciados pela empresa RGE/CPFL, bem como o ressarcimento dos prejuízos aos agricultores.
Participaram da reunião: FETAG, regionais sindicais Serra do Alto Taquari, Vale do Taquari, Serra, Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí, RGE/CPFL, Defensoria Pública, Ministério Público, PROCON e AGERGS.