O governo federal anunciou, na segunda-feira (30/06), o Plano Safra 2025/2026, que traz avanços para a agricultura e pecuária familiar. Entre as medidas estão elevação no volume de recursos de R$ 85,7 bilhões para R$ 89 bilhões e manutenção de juros de 3% ao ano para o custeio de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão, leite, ovos, mandioca, frutas e hortaliças. Destaque também para o financiamento de máquinas de até R$ 100 mil, com juros de 2,5% ao ano, e de 5% para máquinas e estruturas até R$ 250 mil.
Apesar disso, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, deputado estadual Elton Weber (PSB) manifestou preocupação com os juros altos para o custeio da soja, de 8,5% ao ano no Pronaf, e que chegam a 10% no Pronamp. Além disso, o parlamentar cobra a publicação das portarias de equalização dos juros constantes no plano e a suspenção das resoluções do Proagro que atualmente excluem milhares de agricultores do Pronaf.
Contudo, o mais grave na análise de Weber é falta de solução para o endividamento causado pelas enchentes e secas nos últimos cinco anos. “Não adianta ter 89 bilhões, o agricultor precisa a resolução do passivo gerado pelas intempéries climáticas, e isso depende da renegociação do governo federal. O agricultor precisa seu nome limpo, para ter acesso a novos créditos. Sem isso, vai sobrar muito dinheiro das políticas públicas”, prevê.