Após dez meses de negociação, os deputados aprovaram nesta terça-feira (14) o Projeto de Lei 237/2021 que estabeleceu o reajuste do piso regional no Rio Grande do Sul para categorias que não possuem convenção coletiva de trabalho, como os assalariados rurais. A proposição teve 45 votos favoráveis e 2 contrários, com uma emenda.
O projeto original previa reajuste de 2,73%, equivalente a 50% da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a partir de 1º de fevereiro. Com a emenda, o reajuste aprovado foi de 5,53% retroativo a outubro deste ano. O piso estava sem correção desde 2019. O percentual representa a metade do que as centrais sindicais queriam, mas o dobro do que o governo propunha. As faixas vão de R$ 1.305,56 a R$ 1.654,50.
Weber frisa a importância de se chegar ao consenso entre empregadores e empregados, pois o piso estava congelado, prejudicando assalariados de baixa renda, afetados diretamente pelo aumento de itens básicos como feijão, arroz, gás, combustível, pão, leite e medicamentos. E destaca a importância da consolidação do piso, que enfrenta resistência contínua. “São mais de um milhão de trabalhadores e trabalhadoras gaúchas que sofrem com a disparada da inflação e são os que menos ganham que irão conseguir recuperar pelo menos parte das perdas salariais”, aponta Weber.