Cobrança por estimativa de consumo de gás em condomínios tem causado reclamações de clientes no Estado. Conforme a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul chegaram ao órgão inúmeras denúncias de consumidores insatisfeitos com as contas. Há casos em que o valor da fatura subiu de R$ 100 para R$ 470 com consumo até três vezes superior. O assunto foi tema da Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor e Participação Legislativa Popular da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (15), em reunião virtual com representantes da Liquigás e de órgãos de defesa do consumidor como o Procon.
O Gerente de Desenvolvimento de Mercado Granel da Liquigás, Adriano Biral, informou que a medição no mês de maio foi feita por média pela impossibilidade de realização de leitura presencial por uma mudança de software e comunicada aos clientes por e-mail. Sobre o salto de valores, o executivo justificou que o consumo tradicionalmente sobe nos meses de inverno, fator neste ano acrescido pelo distanciamento social. Além disso, explicou, houve aumento do preço do gás em junho autorizado pela Petrobrás. Ainda assim, a empresa se prontificou a analisar os casos.
A diretora do Procon de Porto Alegre, Fernanda Borges, acrescentou que além da medição por média, a taxa de leitura cobrada pela empresa foi mantida mesmo o serviço presencial não tendo sido efetuado. E relatou que nem todos os consumidores receberam o aviso individualizado. Ela propôs que isso seja feito de forma clara ao cliente.
Presidente da Comissão, o deputado Elton Weber acredita que será possível chegar a uma solução e sugeriu o aperfeiçoamento dos canais de contato da empresa. “Acredito que avançamos no sentido de aproximar as partes para um diálogo transparente sobre as divergências, seja com a revisão das faturas, seja com o aperfeiçoamento dos canais de contato.”