Elton Weber

Agricultura familiar pressiona governo estadual para adoção de medidas concretas de apoio para o segmento

Em audiência com o chefe da Casa Civil Artur Lemos, na quarta-feira (12), o presidente da Frente da Agropecuária Gaúcha da Assembleia Legislativa, deputado Elton Weber, cobrou do governo posicionamento sobre as pautas da agricultura familiar entregues ao governador Eduardo Leite em abril. O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, foi incisivo na necessidade de que as solicitações sejam atendidas o mais brevemente possível. Weber observa que uma das reivindicações mais urgentes refere-se ao pagamento de auxílio emergencial para as agroindústrias que tiveram as vendas afetadas em razão do cancelamento de exposições agropecuárias devido a pandemia. A sugestão da federação é que o governo pague duas parcelas de R$ 1 mil cada por empreendimento. A anistia do pagamento do Troca-Troca para agricultores de municípios afetados pela última estiagem também figura entre a prioridades da pauta. Lemos disse que diversas demandas estão em análise, mas não apresentou ainda medidas concretas. Nas próximas semanas deve ocorrer novo encontro. “Precisamos pressionar o governo para que a pauta da agricultura familiar seja atendida o mais rápido possível”, disse Weber. Já Silva resumiu: “Seguiremos cobrando do governo até que tenhamos nossa pauta atendida, pois a agricultura e a pecuária familiar precisam de ajuda neste ano tão conturbado devido a pandemia e a estiagem”, disse Silva. Também esteve presente na reunião a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, e diretores da Secretaria da Fazenda.

Weber alerta para colapso no sistema de integração

Preocupado com o risco de colapso nos sistemas de integração de aves e suínos nos próximos meses, o presidente da Frente em Defesa da Agropecuária da Assembleia Legislativa, deputado Elton Weber, solicitou, nesta quinta-feira (13), que a Comissão de Agricultura acione a Presidência da Assembleia. A reivindicação é que o Parlamento marque audiências com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para tratar do assunto. A ideia é obter também o apoio do governador Eduardo Leite. O setor sofre com a escassez de milho e farelo de soja, matérias- primas que representam 70% do custo da ração animal e cujos preços já subiram mais de 80% no Rio Grande do Sul em função da estiagem, que causou quebra da safra de milho, e da ausência de estoques públicos. O deputado calcula que a redução de alojamentos afetará diretamente 15 mil famílias de criadores de aves e suínos, além de 300 granjas de pequenos e médios agricultores e criadores de gado leiteiro. Segundo Weber, no Interior já estão ocorrendo redução de alojamento ao redor de 25%. “É grave a situação, pode afetar empregos, funcionamento da indústria, agricultores integrados, e também afetará o consumidor. As carnes de frango e suíno ainda são as mais acessíveis para a população”. Dentre as reivindicações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV) estão autorização para importação de milho dos Estados Unidos por seis meses, retirada de tributos como o PIS e COFINS sobre importação do Mercosul ou extra-Mercosul, e retirada temporária do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante. Os pleitos são semelhantes aos da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURGS).